sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Na entrevista

Trabalhar com RH, às vezes, é meio perverso. Te coloca numa posição muito louca, é você quem vai decidir se o cara tem o "perfil" do emprego ou não. Eu sempre vejo empresas pedindo coisas absurdas, que ter perfil ou não é simplesmente estar dentro do padrão ou não. Não, eu não gosto de trabalha com RH, mas preciso fazê-lo por mais um tempo ou pelo menos até terminar a faculdade. Precisar de dinheiro é uma bosta, né? Mas isso é tema para outro post, hoje eu quero falar sobre a entrevista que eu fiz parar trabalhar com RH.

Entrevistadora: E você gosta de trabalhar com pessoas?
Thayz: Gosto. (Mas, depende do tipo de pessoa que você está falando, se for daquelas preconceituosas, que saem por aí julgando pela cor, sexo, orientação sexual e tudo que ela achar que não é legal pra ela, ah, essas eu odeio. Dessas eu quero distância! Prefiro ficar horas a fio brincando com a minha gatinha Mafalda, ela é muito mais divertida que muito ser humano por aí. Na verdade, eu gosto muito mais de escrever, ler, assistir filmes e beber uma bela cerveja. Fazer coisas criativas e não ficar 08 horas por dia trancada numa sala com pessoas que só falam em como podem enriquecer mais ainda. Na verdade, vou terminar psicologia e fazer mestrado e depois doutorado, porque eu quero mesmo é ser professora universitária. Entendeu?)
Entrevistadora: Ótimo, pode iniciar segunda?
Thayz: Claro. (Que bosta, fui contratada.)

E assim o meu tempo diminuiu. Mas, eu sou uma pessoa muito cíclica, acredito muito em um ano novo com novas esperanças e acontecimentos. 2010 já foi um ano super, super bacana, onde enfrentei coisas que achava impossível e recomecei esse blog que vos fala. 2011 eu vou arrasar, gente. Vou virar sacoleira pra me livrar do RH (falo mais depois). Agora vou descansar, pq eu tô bem gripadinha e eu vou já curar essa gripe com cerveja. hihi
E meu ano já vai começar ótimo: vou assistir a posse da Dilma, mesmo sendo pela TV, eu fico morta de orgulhosa em saber que é ela.

É muito orgulho pra um começo de ano, né?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Não, não posso parar...

Como diria o refrão de uma das suas músicas prediletas: não, não posso parar, se eu paro eu penso, se eu penso, eu choro.
Se você estivesse aqui, iria tomar um chopp comigo? Ou talvez, ficar empolgado e colocar na cabeça que iria ver a posse da Dilma, eu acho que você iria e também vibraria com todos os feitos do governo Lula, no qual você sempre acreditou e me ensinou a acreditar. Será que mesmo depois de tantos anos, iria continuar falando pra mim que tudo iria dar certo (e sempre dá)? Iria continuar lendo tudo que eu escrevo, me incentivando, me amando... Sem dúvida estaria por ai, com um olhar crítico e curioso no mundo, no qual herdei com muito orgulho. Será que você continuaria me ensinando que todos somos um só, me mostrando onde e como existe o preconceito? Com certeza continuaria com o seu humor absurdo, que era só seu! Animava qualquer lugar que chegava, aliás, alegrava até onde não estava, como hoje me alegra mesmo sem não estar do meu lado.

Eu não sei como, mas todos os dias eu sinto saudades. Hoje, em especial, gostaria de saber como seria se você estivesse aqui. Certamente, seria muito mais fantástico, pq de alguma forma você tornava minha vida encantada, um conto de fadas. Você, meu pai, é quem me faz levantar cedo todos os dias na esperança de que um dia tudo deixe de ser só esperança e vire um fato consumado.
É você e eu te amo. E eu queria muito, muito, te dar um abraço! Como eu não posso, eu tento abraçar o mundo inteiro na esperança de você estar lá.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Progressista, mas machista!

Dezembro deixa todo mundo sem tempo, eu não sei o que acontece. E eu entrei nessa de estar sem tempo. Mas, estou parando tudo que deveria fazer para falar minha opinião sobre o post do Nassif e seu feminazi.

Ok, o cara se diz de esquerda e progressista. Para alguns, isso não quer dizer nada, para mim significa que essa pessoa tem uma sensibilidade, consegue enxergar além das piadas de mau gosto, é uma pessoa que luta a favor das minorias. E ser mulher hoje é ter que reconstruir um mundo construído por machistas. Gente, não é fácil! Fazer isso é ser chamada de louca e esquisita por aí, é ouvir coisas absurdas de moralistas medievais que ainda acham que mulher deve servir apenas ao seu deus-homem-pênis, é ter que ler noticas sobre mulheres que foram violentadas só por serem mulheres, é ser chamada de barraqueira, radical, feminazi... É cansativo demais sair todo dia de casa, lutar pelos seus direitos e ainda ouvir tudo isso por aí (inclusive de mulheres que nem teriam tantos direitos que tem hoje se não fossem as "loucas" feministas), mas pior ainda é ver um cara que se diz progressista autorizar um machista a fazer comentários completamente violentos contra a mulher. Sim, pra mim foi um insulto ler que o Governo deve se preocupar com o abuso sexual masculino nas penitenciárias, pois é errado dar mais atenção aos casos de abuso de mulher. E mais, em vez de Nassif pedir desculpas, publicar um post de repúdio ao feminazi ou sei lá, qualquer coisa que me convença que ele ainda é um cara progressista, ele simplesmente nos chama de barraqueiras, que não sabemos lutar por uma causa e ainda se diz feminista por ter 5 mil parentes mulheres. E eu com isso? Cadê a sua atitude feminista?
Como mulher, sinto-me arrasada em ver que as pessoas podem brincar com meus direitos dessa forma. Como feminista, sinto-me triste, mas encontro forças para continuar lutando por um mundo menos machista, onde as mulheres possam ser vistas como mulheres e não apenas como brinquedinhos da mídia (progressista ou não).

Mais posts sobre o assunto: http://cynthiasemiramis.org/, http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/12/como-falar-bobagens-e-ser-publicado-num.html, http://liadelua.blogspot.com/2010/12/menina-nao-reclama-que-e-feio.html, http://novamentebizarro.wordpress.com/2010/12/11/feminazi/.