É sempre assim que começa o discurso:
- Eu juro! Não tenho preconceito nenhum, mas...
O que me mata é o "mas", é o que vem depois dai e quase sempre não é coisa digna de lógica. É algo tão absurdo que todo mundo achava (ou acha) que tinha terminado junto com o nazismo. Eu já falei várias vezes sobre a ditadura silenciosa e sinceramente é algo que me irrita bastante.
O que me deixa frustrada é encontrar esse tipo de situação em uma turma que está concluindo o curso de Psicologia, um curso que deveria estudar o ser humano. E eu entendi o que está acontecendo, estão criando ativistas para a heteronormatividade. Explico.
Uma pessoa que defende leis e cotas para pessoas brancas e héteros, se coloca numa posição de "não tenho preconceito e meus amigos também não tem" e ainda afirma que o preconceito está em como a pessoa se vê, só falta o discurso da raça pura, né? Gente, alguém dá uma bandeira pra ela.
Isso me assusta, um discurso repetido todos os dias e tantas vezes que o absurdo virou uma lógica visceral. E sabe o que mais? O número de "ativistas" desse modelo aumenta cada dia mais, tudo contribui: mídia, religião, capitalismo, são tantas coisas que nem cabem aqui. É tudo isso contra esse humilde blog.
E para variar, mais um post vai se finalizado com a mais pura e filosófica reticências.