terça-feira, 28 de junho de 2011

E se fosse o contrário?

E se quando acordássemos tudo estivesse ao contrário? E se os fundamentalistas religiosos dissessem que o natural é o homem casar com o homem e mulher casar com mulher. Que quem tem relacionamentos heterossexuais deve ser punido, não só com a violência, mas com o olhar que vigia e rejeita, o mesmo olhar que acolhe e dá redenção a todos os homossexuais. Um casal heterossexual que caminha na rua é violentado por neonazistas que segundo eles, afrontam todo tipo de raça pura que pode existir. Difícil, né?

Difícil mesmo é ser usado como xingamento todos os dias. 

- Sua bicha, viado!
- Aquela ali parece uma lésbica, né? Que ridícula.
- O que, tá me estranhando? Não sou biba não, sou macho.

Não entendo a facilidade absurda de xingar o outro pelo motivo extraordinário de ser homossexual. Ok. Então, já que você não gosta de maçã e eu sim, vou odiar você pelo resto da vida. E o discurso clássico, que ouvimos todos os dias é:

- Eu não sou preconceituosa, de verdade. Meu primo é gay. Mas, é que...

Preconceito, pra mim, é ignorância pura. E se você é daqueles que não se dizem preconceituosos, mas não deixam a sexualidade do outro em paz, tenho uma novidade: isso é preconceito. 

No dia do Orgulho LGBT, gostaria que as pessoas começassem a se colocar no lugar do outro, do tipo: e se fosse eu? Como eu me sentiria? Como deve ser horrível ser julgado pela minha sexualidade sem ao menos me conhecer. E se fosse ao contrário? E se as pessoas falassem que a minha sexualidade fosse uma doença que pode ser passada para crianças na escola, isso não faz de mim um monstro? Imagine ouvir todos os dias que o amor, desejo ou qualquer coisa que você sente por outra pessoa é errado e ainda é motivo de piada para todos os programas humorísticos do mundo. Afinal, a única forma de ser aceito aceito pelos heteros é ser muito bem humorado, como um palhaço, um bobo da corte. 

Não consegue fazer tudo isso? Tudo bem, então, simplesmente não ligue para o fato de alguém ter uma sexualidade diferente da sua. Sério, não ligue de verdade. Conheça a pessoa além da sexualidade, fale com ela. Talvez ela seja uma pessoa maravilhosa ou não. Não importa. O que importa mesmo é conversar com ela e não com sua sexualidade.
Acredite, as pessoas são mais do que uma orientação sexual.




terça-feira, 14 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Roda moinho...

É tudo muito simples: eu não nasci para trabalhar dentro de uma empresa, cheia de regras e presa a hierarquias e burocracia. Tem uma coisa que não é tão simples assim, que nesse caso específico é a porra do capitalismo. Sim, todas as criaturas do mundo (incluindo euzinha aqui) tem que ganhar dinheiro para pagar suas contas e para isso fazemos coisas que não gostamos (leia odiamos). E essa não sou eu, me sinto presa, sufocada, sem vontade de existir. Acordar cedo para sustentar algo no qual sou completamente contra não faz parte do meu sonho infantil, faz parte de uma realidade que eu construí e não consigo sair por um motivo tão ridículo: medo (leia se cagando de medo de não ter dinheiro pra pagar a faculdade).
Eu vivo nesse dilema, essa sou eu, aquela que quer jogar tudo pro alto e finalmente parar de se preocupar com seu futuro mal de alzheimer (pq né, o que vocês acham que vão acontecer com tanto stress e infelicidade? :P) e finalmente me preocupar comigo, com meus desejos, objetivos, carreira, sonhos. Também tem aquela outra, que também sou eu, mas que é ajuizada demais, responsável demais e cagona demais para tomar atitudes como essa.

Enquanto minha confusão mental está por aí e o capitalismo não acaba (tudo bem, acho que isso pode demorar um pouco), fico aqui esperando até final do ano para que eu finalmente possar cantar junto com a Barbra Streisand.
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