Eu vivo nesse dilema, essa sou eu, aquela que quer jogar tudo pro alto e finalmente parar de se preocupar com seu futuro mal de alzheimer (pq né, o que vocês acham que vão acontecer com tanto stress e infelicidade? :P) e finalmente me preocupar comigo, com meus desejos, objetivos, carreira, sonhos. Também tem aquela outra, que também sou eu, mas que é ajuizada demais, responsável demais e cagona demais para tomar atitudes como essa.
Enquanto minha confusão mental está por aí e o capitalismo não acaba (tudo bem, acho que isso pode demorar um pouco), fico aqui esperando até final do ano para que eu finalmente possar cantar junto com a Barbra Streisand.
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Enquanto minha confusão mental está por aí e o capitalismo não acaba (tudo bem, acho que isso pode demorar um pouco), fico aqui esperando até final do ano para que eu finalmente possar cantar junto com a Barbra Streisand.
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2 comentários:
ô, vaquinha. eu ia dizer que te entendo, mas acho que todo mundo que leu o post entende tambem. por isso que eu moooorro de inveja de quem tem coragem de sair desse esquema, ou quem PODE. porque, eh como falasse: la tem a faculdade pra pagar, neh. aih a gente se prostitui pra ser feliz no futuro. :/
Hahaha, muito legal ler isso. Há uns anos atrás eu trabalhava como operador de caixa num posto de gasolina, tendo somente uma folga por semana e nganhando um salário miserável. Quando saía do trabalho ia direto pra faculdade (fazia Química). Fiquei nesse inferno três anos até que num belo dia passei numa federal para Filosofia: larguei o trabalho e a faculdade anterior. Tive, porém, sorte. Consegui bolsas de monitoria, de estadia, de iniciação científica que me sustentam ainda hoje.
Quando eu trabalhava vivia nesse dilema escroto: "faço um curso que me garante empregabilidade e que não gosto. A outra opção é escolher o mundo que amo e encarar os problemas que ele tem". Hoje em dia eu digo o seguinte para aqueles que pensam no futuro: seja qual for a profissão que vocês escolherem não se iludam, vocês continuarão pobres, só que mais ou menos estressados de acordo com o que escolherem, portanto pensem bem antes de mergulhar na conveniencia ou no puro gosto.
No mais: não me arrependo, o que ganhei foi imensamente maior do que o que deixei de ganhar.
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