Comentário deixado por Lucila no texto ‘Ui, quebraram a santa’.
Olá, Estava acompanhado a polêmica da Marcha das Vadias e cheguei até aqui. E para dizer que concordo. Sou católica, e cada vez mais, depois que uma condição de saúde na família me carrega para fé e, bem, não tenho tempo de procurar a menos contraditória e me peguei àquela que conheço desde a infância, mesmo. Mas sou feminista, também. Não dessas que conheci na internet, que querem ver suas escolhas individuais serem aprovadas e não julgadas, embora as entenda. E estas têm de se habituar ao conflito e a reflexão. Não me choquei com a performance. Pode ter sido contravenção? Pode, mas todo ato manifesto corre esse risco. Pode ter sido de mau gosto? Pode, mas gosto é questão subjetiva. Pode ter sido opressor? Não. Não oprimiu a instituição e não oprimiu o fiel. Pode ter chocado alguns, os mais idosos, espero, que nunca viram clips da Madonna, O Exorcista, essas coisas que usaram os símbolos católicos para ganhar dinheiro. Muito, aliás. De todas as minhas faces, a minha religião é a única que não me deixa como minoria, por ser ela quem oprime. E, por isso, é vidraça, está exposta à crítica, tenha esta a forma ética, estética ou política que tiver.Quem dera fosse sempre uma comédia de Monthy Python, uma música do Titãs, um filme de Zeffirelli. Em não sendo, qualquer coisa é melhor que a apatia irrestrita. Que se faça o debate!
“De todas as minhas faces, a minha religião é a única que não me deixa como minoria, por ser ela quem oprime”.
E é tão simples e por isso tão genial. E capaz de resumir toda forma de opressão e toda autocrítica que se pode e se deve fazer a respeito dela.
“De todas as minhas faces, ser branca é a única que não me deixa como minoria, por ser ela quem oprime”.
De todas as minhas faces, ser heterossexual é a única que não me deixa como minoria, por ser ela quem oprime”.
De todas as minhas faces, ser cissexual é a única que não me deixa como minoria, por ser ela quem oprime”.
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